sábado, 14 de março de 2009

Religião e política

Existe uma afirmação popular que diz o seguinte, " religião e política não se discutem". Mas quando as duas se misturam, aí meu amigo, discute-se muito.

Todo o Brasil sabe o ue vem acontecendo na Paraíba.O Arcebispo Dom Aldo Pagotto suspendeu das atividades de sacerdote o padre e Deputado Federal Luiz Couto do PT. Segundo Dom Aldo a punição veio em função de declarações de Couto a favor do uso de preservativos e do mfim do celibato clerical. O Arcebispo afirmou que tais argumentos vão de encontro à milenar doutrina católica, dizendo ainda só retirar a suspensão quando o padre se retratasse publicamente.

Já Luiz Couto afirmou que não retiraria as declarações e também não deixaria de celebrar, porém iria fazer isso em outros lugares( a punição é válida apenas para as paróquias subordinadas a D.Aldo).O Deputado disse ainda que algumas das "polêmicas" declarações fazem parte do seu posicionamento enquanto parlamentar.

Sobre toda essa confusão podemos lançar dois olhares. O primeiro em relação aos dogmas católicos.A Igreja necessita modificar os seus ideais, pois não se pode continuar agindo no século XXI como se estivesse no período medieval. Como negar o uso de preservativo em uma época onde a AIDS está por toda a parte? Como discriminar homossexuais, cidadãos como qualquer outra pessoa? Parece que o Vaticano não consegue olhar ao redor e sim apenas para frente e isso acaba em fatos como a suspensão de Luiz Couto e a excomunhão dos pernambucanos ( o caso do aborto).

O segundo olhar é sobre a relação de Pagotto co a política. Desde que assumiu a Arquidiocese da Paraíba Dom Aldo deixou claro ser contra a participação de padres na política partidária, visão revisitada agora.Em dado momento o Arcebispo afirmou que Luiz Couto não deveria nem poderia misturar suas duas funções. Entretanto, convém lembrarmos um passado bem próximo.No último novembro, quando o TSE confirmou a cassação de Cássio Cunha Lima, D. Aldo apareceu ao lado do ex-governador em entrevista coletiva. Esse fato gerou diversas críticas ao lider da igreja paraibana e agora o mesmo cria um lado icoerente para a punição de Couto.

Os efeitos dessa suspensão, até certo ponto arbitrária, irão incidir em toda a Igreja do Estado. Alguns católicos, juntamente com outras entidades já começaram uma série de protestos contra Dom Aldo. Tem gente inclusive afirmando que irá deixar de pagar o dízimo enquanto o Arcebispo não voltar atrás.

De certo é que tirando o clero e os mais conservadores ninguém concorda com a punição.E espera-se a resolução disso o mais rápido possível.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Está pegando fogo

Desde a semana passada os ânimos entre o novo Governador da Paraíba, José Maranhão, e o Prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, estão bastante exaltados.Tudo começou com a nomeação de um integrante do alto escalão da prefeitura para um cargo no executivo estadual. Ricardo não gostou nem um pouco de perder um nome de sua gestão e ainda mais sem ter sido avisado previamente.

O rolo teve sequência quando o Governador convidou o Deputado Estadual Guilherme Almeida (PSB)para assumir a secretaria de Interiorização.Mais uma vez Ricardo se sentiu contrariado, só que agora na posição de Presidente do Partido Socialista Brasileiro, de novo não sendo consultado.

De acordo com o Prefeito seu partido tinha baixado uma resolução que impediria a saída de seus parlamentares para integrarem o Executivo Estadual.Resolução esta que visa impedir qualquer chance da suplente Nadja Palitot( desafeto do prefeito)assumir vaga na Assembleia.

Ricardo chegou a declarar publicamente que estava vendo com estranheza as primeiras atitudes de Zé.Disse também que o PSB merecia um tratamento melhor, por ter sido a grande força da campanha do Governador na capital em 2006. Já José Maranhão colocou panos quentes em tudo e disse que espera poder contar com o deputado, assim que for resolvido o problema partidário.

Nesta semana o fato pode ganhar outros contornos.Guilherme Almeida deixou claro o desejo de assumir a secretaria e Ricardo afirmou que se isso ocorrer o Deputado deverá ser expulso de sua legenda.

O que parece ser uma discussão entre aliados deverá alcançar instâncias maiores. Pela forma com o Ricardo vem se expressando, ou o Governador começa a agir de forma diferenciada ou isso vai culminar no rompimento entre ambos. Dessa forma Ricardo poderia disputar o Governo em 2010, pois com a permanência da coligação o candidato preferencial é Maranhão.O negócio é esperar para ver.