Aqui no Brasil já existiu um Presidente que era conhecido como o pai dos pobres em função de sua política populista. Hoje um outro país sulamericano pode se orgulhar(ou não)em ter um verdadeiro pai comandando a nação.Podemos dizer simplesmente que Fernando Lugo é o pai de todo o Paraguai ou pelo menos dos pequenos paraguaios.
Lugo era um Bispo da Igreja Católica com décadas de experiência e entrou para história por conseguir uma dispensa inédita do Vaticano para concorrer a presidência do Paraguai em 2008. Eleito, chamou logo atenção ao querer rever um acordo energético com o Brasil. Ao assumir deu uma sossegada.Porém, duas semanas atrás estourou a bomba : uma mulher diz ter um filho do presidente da epóca em que ele ainda fazia parte do clero.
Rapidamente o líder negou a paternidade, mas, logo depois voltou atrás e reconheceu a ser o progenitor da criança. Infelizmente, para Lugo, a coisa não parou por aí, surgiu outra senhora afirmando ser mãe de um herdeiro seu. E quando já se achava muito mais uma mulher aparece dizendo ter uma criança de Fernando. Resumindo, falam em seis processos contra o Presidente exigindo reconhecimento de paternidade.Comenta-se também na criação de uma espécie de Associação de Mães dos filhos presidenciais. Ao que parece o cara era um pegador, entretanto não podemos esquecer que ele era Bispo.
Fernado Lugo é mais um integrante da Igreja Católica que suja sua imagem diante de todo o Planeta. A representação da Igreja no Paraguai já pediu desculpas públicas pelos atos do reprodutor. Espera-se agora que o Vaticano se pronuncie a respeito do caso.
Lugo quebrou uma lei canônica desrespeitando o celibato clerical, porém seguiu a risca uma outra regra. Em todas as suas relações o garanhão não usou camisinha, como manda o Vaticano. A não ser que ele tenha utilizado preservativos fabricados em seu país, aí sabe como é, produto paraguaio é tudo vagabundo e não possuem garantia de eficácia.
Agora fica o aviso, se você é um jovem paraguaio pergunte a sua mãe se ela conheceu um tal Dom Lugo. Caso a resposta seja positiva, você também pode ser um herdeiro do presidente.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
sábado, 4 de abril de 2009
A história se repete
Foi preso ontem no Parque Solon de Lucena, em João Pessoa, sob acusação de assalto o ator paraibano Ravi Ramos Lacerda. Ao ser preso ele confessou que estava roubando para comprar drogas. O jovem ganhou fama ainda criança quando participou do filme Abril Despedaçado (2001), onde interpretou o menino Pacu e contracenou com Rodrigo Santoro. Seu último grande trabalho foi na minissérie Queridos Amigos da Rede Globo.
Com a prisão, infelizmente Ravi(foto 1) entra para uma assustadora espécie de síndrome de ator mirim do cinema brasileiro. Fato que nos faz lembrar de outras duas personagens: Sávio Rolim e Fernando Ramos da Silva.
Na década de 60 no período do Cinema Novo, Walter Lima Jr. Levou às telas Menino de Engenho (adaptação da obra de José Lins do Rego). Na produção, que foi um dos maiores sucessos da época, destacou-se o menino protagonista Sávio Rolim (foto 2).
Sávio interpretava Carlinhos, personagem bastante introspectivo que praticamente não falava mas possuía um olhar responsável pela entonação do filme.
Após a obra Sávio ganhou fama nacional , fez outros filmes, foi para a televisão e depois entrou em decadência. Sávio se envolveu com drogas e acabou com a sua promissora carreira. Hoje ele vive em condições desfavoráveis na capital paraibana e teve inclusive sua vida retratada no documentário O Menino e a bagaceira de Lúcio Vilar.
O caso mais famoso de criança que passou de estrela a problema é o de Fernando Ramos da Silva (foto 3). No início dos anos 80 quando o cinema brasileiro não passava por um bom momento, uma obra chamou atenção. Era Pixote, a lei do mais fraco de Hector Babenco. Pixote mostrava o drama dos garotos de rua vivendo entre as dificuldades e a criminalidade .
Oriundo da periferia da grande São Paulo, Fernando interpretava o papel título da produção. E chamou bastante atenção principalmente com a cena de amor ao lado de Marília Pêra que interpretava uma prostituta. O garoto participou posteriormente de Eles não usam black-tie de Leon Hirszman e também de uma novela da Globo, tendo desaparecido da mídia depois. Fernando voltou para sua cidade natal, Diadema, e passou a praticar furtos e assaltos em companhia do seu irmão. No ano de 1987 ele seria morto pela polícia. Já em 1996 José Joffily dirige o longa Quem Matou Pixote? inspirado na vida de Fernando .
Com essas três histórias tão semelhantes, ficam as perguntas: Será que crianças conseguem conviver bem com a fronteira entre o anonimato, a fama e o ostracismo? Não faltou preparo psicológico para esses garotos?
Sávio, Fernando e Ravi ou Carlinhos, Pixote e Pacu três representações de uma mesma história. Infelizmente para os dois primeiros não há mais volta, porém Ravi pode modificar sua trajetória. Talento ele já mostrou que tem de sobra, agora precisa buscar um pouco mais de consciência para não incorrer nos erros de seus antecessores.
Com a prisão, infelizmente Ravi(foto 1) entra para uma assustadora espécie de síndrome de ator mirim do cinema brasileiro. Fato que nos faz lembrar de outras duas personagens: Sávio Rolim e Fernando Ramos da Silva.
Na década de 60 no período do Cinema Novo, Walter Lima Jr. Levou às telas Menino de Engenho (adaptação da obra de José Lins do Rego). Na produção, que foi um dos maiores sucessos da época, destacou-se o menino protagonista Sávio Rolim (foto 2).
Sávio interpretava Carlinhos, personagem bastante introspectivo que praticamente não falava mas possuía um olhar responsável pela entonação do filme.
Após a obra Sávio ganhou fama nacional , fez outros filmes, foi para a televisão e depois entrou em decadência. Sávio se envolveu com drogas e acabou com a sua promissora carreira. Hoje ele vive em condições desfavoráveis na capital paraibana e teve inclusive sua vida retratada no documentário O Menino e a bagaceira de Lúcio Vilar.
O caso mais famoso de criança que passou de estrela a problema é o de Fernando Ramos da Silva (foto 3). No início dos anos 80 quando o cinema brasileiro não passava por um bom momento, uma obra chamou atenção. Era Pixote, a lei do mais fraco de Hector Babenco. Pixote mostrava o drama dos garotos de rua vivendo entre as dificuldades e a criminalidade .
Oriundo da periferia da grande São Paulo, Fernando interpretava o papel título da produção. E chamou bastante atenção principalmente com a cena de amor ao lado de Marília Pêra que interpretava uma prostituta. O garoto participou posteriormente de Eles não usam black-tie de Leon Hirszman e também de uma novela da Globo, tendo desaparecido da mídia depois. Fernando voltou para sua cidade natal, Diadema, e passou a praticar furtos e assaltos em companhia do seu irmão. No ano de 1987 ele seria morto pela polícia. Já em 1996 José Joffily dirige o longa Quem Matou Pixote? inspirado na vida de Fernando .
Com essas três histórias tão semelhantes, ficam as perguntas: Será que crianças conseguem conviver bem com a fronteira entre o anonimato, a fama e o ostracismo? Não faltou preparo psicológico para esses garotos?
Sávio, Fernando e Ravi ou Carlinhos, Pixote e Pacu três representações de uma mesma história. Infelizmente para os dois primeiros não há mais volta, porém Ravi pode modificar sua trajetória. Talento ele já mostrou que tem de sobra, agora precisa buscar um pouco mais de consciência para não incorrer nos erros de seus antecessores.
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