quarta-feira, 20 de maio de 2009

Música cristã tá na moda

No final da década de 90, o tradicional grupo de pop-rock gospel, Catedral, no intuito de atrair novos fãs (ou aumentar os lucros) se rendeu ao mercado da música popular assinando um contrato com a WEA. A coisa deu certo, a banda lançou três cd’s e uma coletânea. Entretanto após a morte de um integrante e das diversas críticas dos fiéis evangélicos eles resolveram voltar para o selo gospel.

A atitude que o Catedral tomou para poder ser ouvido (o 1° Cd da fase música do mundo, tinha o sugestivo título de “Para todo mundo ouvir”), hoje em dia seria absolutamente desnecessária, pois vivenciamos um período em que a música cristã está virando moda. Artistas católicos e evangélicos estão cada vez mais nos ouvidos e na boca do povão. No lado evangélico temos Lázaro, Aline Barros, André Valadão dentre muitos outros. E na parte católica Rosa de Saron, Adriana e etc. Temos ainda os dois grandes fenômenos, Régis Danese e Padre Fábio de Melo. Muitos dos citados artistas têm longo tempo de carreira, porém só explodiram recentemente. Agindo em favor deles posso citar dois fatores essenciais.

Em primeiro temos o de alguns serem gravados ou distribuídos pela Som Livre (Globo), como por exemplo Aline Barros, Rosa de Saron e o Pe. Fábio. Aqui abro um parêntese para enfatizar que o Padre Fábio foi simplesmente o cantor que mais vendeu discos em 2008, cerca de 700.000 mil cópias. E vale ressaltar também que a Globo vem colocando trabalhos desses artistas nas trilhas de suas novelas.

O segundo fator é a pirataria. Isso mesmo, as gravações ilegais estão fazendo com que esses cantores e bandas sejam descobertos pela população de classe mais baixa. Régis Danese, para citar um, foi executado até enjoar nos carrinhos dos pirateiros.

Balanceando tudo isso, eu vejo como positivo essa entrada dos artistas cristãos no mercado comum. Porém existe um risco aí. Como já foi abordado aqui em outra ocasião, suas músicas começam a ser engolidas pelo forró e pela música baiana e dessa forma não é preciso dizer que a coisa desanda.

É já que vivemos em um momento não muito fértil da grande produção musical, nada melhor do que ouvir alguma coisa que fale de Deus.


Nota: Algumas idéia expostas neste texto talvez possam ir de encontro ao post "Nem tudo é do Pai". O que pode parecer incoerência na verdade não é, eu simplesmente observei as coisas com um outro olhar e modifiquei alguns pensamentos.

3 comentários:

Anônimo disse...

APLAUSOS P/ AS GRAVADORAS QUE EM FIM ESTÃO DANDO A OPORTUNIDADE QUE ESSES ARTISTAS MERECEM...
UM PONTO TAMBÉM PARA O GRANDE PÚBLICO QUE ESTA DANDO MAIS OUVIDO AS LETRAS DAS MÚSICAS, POIS ATE POUCO NÃO IMPORTAVA TER LETRA P/VENDER BASTAVA TER UM RITMO LEGAL E UMAS MENINAS SEMI OU NUAS REBOLANDO A BUNDA P/ QUE AS MÚSICAS CAISSEM NO GOSTO OU MELHOR, NO APELO POPULAR....



"GLEYSCINHA"

Marlos Araújo disse...

Impossível não lembrar de Campina sem o típico:

"Entra na minha casa, entra na minha vida, mexe com minha estrutura..."

Sem dúvidas é o grande mercado artístico da próxima década. Pois é a única atividade que não gera o interesse direto dos internautas e da grande massa!

Super pertinente o post!

Parabéns Jhon!

Anônimo disse...

Realmente a música cristã tem conquistado novos espaços, inclusive competindo de igual para igual com os demais tipos de música.
Um avanço por um lado:oportunidade para esses músicos expor seu trabalho e para o grande público conhecer a produção religiosa e, principalmente, ouvir a palavra de Deus mais facilmente, através da música. É melhor do que certas letras que soam por aí...
Um alerta por outro lado:a popularização da música gospelassim como outras) gera incansavelmente a ganância por lucros, investimentos e introdução no mercado...o que pode levar ao desvio de objetivo inicial dos músicos cristãos.

Arrasou no texto, Jhonathan.

Saskia COutinho